PEDRO CALAPEZ
O burel da cortina antepara o céu opaco
Inauguração 10 Abril | 22h00
11 Abril – 10 Maio, 2014
Desenho e pintura são levados a extremos na obra de Pedro Calapez: o gesto de riscar é, por vezes, tão repetido que nos aproxima de um contínuo de negros; e a pintura cria, desde há duas décadas, um excesso de cor e matéria física tão forte – de luz metafórica e matéria real – que ganha virtudes escultóricas e arquitectónicas. Ainda assim, tudo é alcançado com recurso a um vocabulário que podemos reduzir ao essencial – dividido, porém, entre dois pólos: o gesto, em risco obsessivo e sobreposto (nos desenhos) ou em larguíssimas pinceladas espatulagens, barramentos (na pintura); a textura e o volume (nas pinturas) ou a sua ausência (nos desenhos digitalmente impressos); o recorte regular dos suportes das peças (no caso dos polígonos apresentados) ou a sua mais indisciplinada irregularidade (no caso da maioria das peças de pintura, aqui ausentes); o material desses suportes, resistente (metal para as pinturas) ou frágil (papel para os desenhos); e, finalmente (ou, para que conste, em primeiro lugar), a cor em oposição ao preto/branco.
João Pinharanda –Abril de 2014
Drawing and painting are taken to extremes in the work of Peter Calapez : the scratch-out gesture is sometimes repeated so that brings us closer to a solid black ; and his painting creates, for two decades, an excess of color and as strong physical matter - the metaphorical light and real matter - expressing sculptural and architectural virtues . Still, everything is achieved using a vocabulary that we can reduce to essentials - divided , however, between two poles : the gesture in obsessive and superimposed tracing (the drawings) or very large spatula strokes, thick blocks of colour (in painting) ; texture and volume ( in paintings) or its absence (in digitally printed designs); regular trimming of the structures (in the case of polygons shown) or the more undisciplined irregularity (in the case of many other paitnigs not shown here) ; the painting structures, sturdy, strong (metal for the paintings) or fragile (paper drawings); and finally (or, for the record, in the first place ), color as opposed to black / white.
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