terça-feira, 6 de setembro de 2011

TRYOUTS

Rui Catalão
Elizabete Francisca e Teresa Silva
Sofia Dias e Vítor Roriz
curadoria Rui Horta

23 Setembro a 08 Outubro

ENTRADA 4€
sob marcação



TRYOUTS é um ciclo informal de performance que resulta de um desafio da Appleton Square ao Espaço do Tempo. Uma curadoria de Rui Horta que desafiou vários criadores das artes performativas a apresentar esquissos, contaminações improváveis e recriações de trabalhos para a escala intíma do espaço da galeria.
Um traço comum cruza estes trabalhos: a utilização das palavras que reinventam os gestos, acrescentando uma nova percepção do movimento. É neste sentido que três escritores são convidados a comentar os trabalhos, e daí a tertúlia que completa cada performance. Três encontros nas respectivas noites de estreia entre o público e os criadores, mediados pelo olhar de quem usa as palavras como matéria criativa. Rui Horta

Uma colaboração Appleton Square / O Espaço do Tempo

23 e 24 Setembro 21h30
Rui Catalão
Auto-retrato Assistido de Constatin Brancushi

30 Setembro e 01 Outubro 21h30
Elizabete Francisca e Teresa Silva
Um espanto não se espera

07 e 08 de Outubro 21h30
Sofia Dias e Vítor Roriz
Arremesso I




Rui Catalão
Auto-retrato Assistido de Constatin Brancushi
23* e 24 Setembro 21h30
*Conversa: escritor/ artista/ 23 Setembro
 Pedro Mexia/ Rui Catalão


O auto-retrato de Constantin Brancusi (ler Brancushi) é uma fotografia em que o escultor romeno se apresenta sentado de pernas cruzadas, com algumas peças inacabadas (em blocos de pedra) a rodeá-lo no seu estúdio. Ele está a meio do trabalho: traja uma camisola usada de malha e umas calças largas e gastas; numa das mãos tem o cabo ligado à camâra, que fez disparar a fotografia. A partir deste seu auto-retrato desenvolvi o projecto da peça Dentro das palavras. O que ficou escondido no meu primeiro solo (ocupa o lugar das suas fundações) serve-me agora para desenvolver o que entendo por auto-retrato assistido: uma representação de outro que eu torno minha.

Autoria e interpretação: Rui Catalão

O trabalho de Rui Catalão tem-se caracterizado pela diletância. Em Portugal, apresentou Dentro das palavras (2010) e Elogio da classe política portuguesa (ZDB, 2004). Untitled, Still Life (ZDB, 2009) é uma colaboração com João Galante e Ana Borralho. Na Roménia, apresentou Atît de frageda (2006), Coada soricelului (2007) e Follow that summer (2008), e as séries de improvisação Acum totsi împreuna e Rui (Centrul National al Dansului Bucuresti). Jornalista e crítico de literatura do Público, iniciou em 2000 uma colaboração formativa com o coreógrafo João Fiadeiro, que culminou nas peças O que eu sou não fui sozinho e Existência. Trabalhou depois com Miguel Pereira (Portugal), Brynjar Bandlien (Noruega), Mihaela Dancs, Manuel Pelmus e Madalina Dan (Roménia). No cinema, é co-autor dos argumentos O capacete dourado e Morrer como um homem. Como actor participou em A cara que mereces.


Elizabete Francisca e Teresa Silva
Que pequenez!, um excerto de Um Espanto Não se Espera
30 Setembroe 01 Outubro 21h30
*Conversa: escritor/ artista/ 30 Setembro
 (a definir)/ Elizabete Francisca e Teresa Silva


Partindo de ideias como um “realismo mágico” e uma “divindade escondida no ordinário da vida”, procuramos renovar a capacidade de olhar para as coisas mais triviais como objectos de encanto e êxtase e de encontrar nelas a sua poética e possibilidade de transcendência.
Ainda em processo de criação, o que aqui partilhamos é uma pequena parte da peça, como uma anedota desconcertada, com ironia por favor.

Criação e interpretação: Elizabete Francisca e Teresa Silva
Colaboração Dramatúrgica: Rita Natálio
Assistência à criação: Miguel Pereira, Sofia Dias e Vítor Roriz
Sonoplastia: Rui Dâmaso
Figurinos: António Mv
Desenho de Luz: Carlos Ramos
Apoio de estúdio/ residência: O Rumo do Fumo, O Espaço do Tempo,
Cine- Teatro S. Pedro de Alcanena
Produção: Materiais Diversos
Agradecimentos: Ana Paula Salada, Antonia Buresi, Carla Nobre Sousa,
Elisabete Miranda, Joana Martins e Lídia Vaz.

Elizabete Francisca Santos Joanesburgo, 1985. Começa os seus estudos em artes visuais e em 2007 licencia-se em Design Industrial na ESAD-CR. Coopera com vários artistas apresentando trabalhos ao nível das artes plásticas e design, destacando os projectos Experimenta o Campo (EXOC); Castaside The Law com Patrícia Silva e 3 º ANDAR DTO Bruce Willis, com os designers Bruno Carvalho, Nicolaas Leach e Paula Frazão, e com o coreógrafo Miguel Pereira. Depois de alguns meses na Escola Superior de Dança ingressa em 2009 no Programa de Pesquisa e Criação Coreográfica (PEPCC), do Fórum Dança, onde trabalhou com Vera Mantero, Meg Stuart, Miguel Pereira, Francisco Camacho, Deborah Hay, Mark Tompkins, Loic Touzé, Deborah Hay, João Fiadeiro, Lisa Nelson entre outros. Trabalhou como intérprete para Ana Borralho & João Galante, Mariana T. Barros, Rita Natálio; como colaboradora de criação/dramaturgia para os últimos solos de Mariana T. Barros e como assistente de ensaio para Francisco Camacho, em R.I.P. Ao mesmo tempo começa a desenvolver o seu próprio trabalho com o solo “Porque quando se torna um nó já deixou de ser um laço” e “Leva a mão que eu levo o braço” com Teresa Silva. É convidada a participar no grupo de pesquisa e estudo Encontros Rumo, organizado por Vera Mantero e para o projecto Around the Table do coreógrafo Loic Touzé.

Teresa Silva nasce em Lisboa, em 1988. Inicia os seus estudos na área da dança na Escola de Dança do Conservatório Nacional, onde obtém o Diploma de Bailarina Profissional em 2006. É licenciada pela Escola Superior de Dança, em 2009, ano em que igualmente finaliza o PEPCC - Programa de Estudo, Pesquisa e Criação Coreográfica, ministrado pelo Fórum Dança. Neste curso, tem formação com Deborah Hay, Meg Stuart, Vera Mantero, Loïc Touzé, Francisco Camacho, Jeremy Nelson, João Fiadeiro, Julien Hamilton, Miguel Pereira, Lisa Nelson, Mark Tompkins, Patrícia Portela e João Tabarra entre outros.
Como intérprete destaca o trabalho com Tânia Carvalho, Ana Borralho & João Galante, Sofia Dias & Vítor Roriz, Vera Mantero & PEPCC, Maria Ramos, Mariana Tengner Barros e Rui Lopes Graça.
Desde 2008, desenvolve o seu trabalho como criadora, destacando-se o solo “Ocooo”, “A vida enorme/La vie en or”, criado em colaboração com Maria Lemos, “Leva a mão que eu levo o braço”, criado em colaboração com Elizabete Francisca e a adaptação do solo “Conquest” de Deborah Hay. Desde 2010 é convidada a participar no grupo de estudo e reflexão Encontros Rumo, organizado por Vera Mantero.


Sofia Dias e Vitor Roriz
Arremesso I
07 e 08* de Outubro 21h30
(Performance a partir do espectáculo Um gesto que não passa de uma ameaça, de Sofia Dias e Vítor Roriz, estreado em Julho de 2011.)
*Conversa: escritor/ artista/ 08 Outubro
Gonçalo M. Tavares/ Sofia Dias e Vítor Roriz


Em um gesto que não passa de uma ameaça assumimos a palavra como um corpo que sujeitamos às mesmas lógicas de composição do movimento. Considerar uma palavra enquanto corpo é lidar com toda a sua potência, é ter em conta não só o seu significado como também a sua plasticidade sonora e a sua relação com a voz, a respiração, o ritmo. Assim, libertamo-nos de determinismos semânticos e sintáticos, dissimulamos a hierarquia aparente entre a palavra, a voz, o movimento e o gesto e aspiramos a novas constelações de sentido que reflictam a complexidade da experiência humana.
Como quando repetimos uma palavra até ela perder o seu significado, neste trabalho procuramo-nos situar nesse momento de perda e atribuição de sentido, de degeneração e transformação, indo ao encontro do modo caótico como a nossa mente percebe e associa acontecimentos.
Um gesto que não passa de uma ameaça tem a co-produção de Box Nova/CCB, O Espaço do Tempo, CDCE é financiado pela Secretaria de Estado da Cultura / DGArtes (Direcção Geral da Artes). E conta com a parceria de Alkantara, ACCCA, O Rumo do Fumo, Negócio/ZBD.

Direcção, interpretação e texto: Sofia Dias e Vítor Roriz
Som: Sofia Dias
Colaboração Artística: Catarina Dias
Figurinos: Lara Torres
Direcção Técnica e Iluminação: Nuno Bento
Difusão: Andrea Sozzi (SUMO Associação de Difusão Cultural)
Gestão financeira: SUMO Associação de Difusão Cultural

Sofia Dias e Vítor Roriz são coreógrafos e bailarinos independentes a residir, actualmente, em Lisboa. Colaboram desde 2006 na pesquisa e concepção de vários trabalhos coreográficos apresentados em festivais e teatros de Portugal, Espanha, França, Alemanha e Suíça. Desde o início da sua colaboração que Sofia e Vítor se propõem a explorar as possibilidades do corpo, concentrando toda a actividade cénica na "presença" ou qualidade de interpretação. Os seus trabalhos caracterizam-se pela contenção, detalhe, precisão e apelam a uma relação de proximidade com o público.
A par com a sua actividade coreográfica, Sofia e Vítor têm interpretado para coreógrafos e encenadores em Portugal, Suíça e Bélgica. São artistas associados d'O Espaço do Tempo, Montemor-o-Novo.
Trabalhos apresentados: 25, Visegradska (2006); Under(the)line (2006); Sand Castle (Transfer, 2007), Involuntariamente (2007), Again from the beginning (DGA/MC, 2009), Unfolding (Looping, 2009) e O mesmo mas ligeiramente diferente (C.Instável, 2010).

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