As linhas de força deste curso são as da abordagem de diferentes momentos da História através das suas referências artísticas, privilegiando a música e a palavra que lhe está associada. Pretende-se, pois, fazer uma interpretação de movimentos, correntes, escolas e grupos através das suas criações auditivas e visuais num percurso cronológico. A abordagem realizar-se-á de uma forma conjuntural e temática, situando as obras no seu espaço/tempo criativo e referindo ou diagnosticando as diferentes interacções. Através do carácter social, abordar-se-á a arte e a harmonia como trabalhos humanos com forte ligação às respectivas técnicas, indicando o resultado da relação entre uma actividade mental e outra operacional que se vai mantendo e elaborando desde as primeiras produções medievais até à introdução e utilização sistemática das novas tecnologias.
Coordenação/ Formação
Ana Mântua*
Programa do Curso
Primeira Sessão
A Música enquanto linguagem: cruzamentos entre as diversas formas artísticas:
A Música e a Literatura
A Música e a Arquitectura
A Música e a Pintura
A Música e as diversas artes
As origens da notação musical e os cruzamentos com os manuscritos iluminados medievais.
A Ars antiqua na música, comparada com as criações artísticas dos séculos II a XIV, no caminho iniciado para o Renascimento.
Segunda Sessão
A Ars nova: o desenvolvimento do novo estilo iniciado, no século XIV, por Philippe de Vitry, florescente com principal incidência em Itália e em França.
As tradições medievais nas Belas-Artes e Arquitectura do Quattrocento.
Vestígios da polifonia de origem medieval na Itália dos Humanistas.
Sentimentos individuais e sensualidade no Renascimento.
O número e a sua ordem: experimentação e cálculo.
Terceira Sessão
As Formas Barrocas:
A Itália e o surgimento de um novo estilo contra-reformado.
Italianismos e fantasias na corte do Rei-Sol.
A Flandres, os Países-Baixos e a Inglaterra de 1600 a 1750
O caso alemão ou o triunfo da razão
Quarta Sessão
O Período Clássico – Música do Iluminismo.
O ressurgimento das formas da Antiguidade e a sua reinterpretação.
O contributo austríaco.
O Império francês.
Quinta Sessão
O Romantismo, drama e poesia.
O Movimento Nacionalista e o surgimento de um sentimento patriótico.
Richard Wagner e a “Obra de Arte Total”.
Sexta Sessão
Os inícios do século XX.
O Impressionismo.
As expressões artísticas anteriores à Segunda Guerra Mundial.
As artes após a Segunda Guerra Mundial.
CONCERTO FINAL
Horário
25 Jan, 1, 8, 15, 22 Fev, 1 Março
das 18h30 às 20h30
(inclui coffee-break)
Preço
Curso completo: 120€
Por sessão: 20€
Contactos / Inscrições
Rua Acácio Paiva nº27 r/c 1700-004 Lisboa
Tel.: +351 210 993 660, das 14H às 19H
geral@appletonsquare.pt
*Sobre Ana Mântua
Ana Anjos Mântua é, desde 2009, Técnica Superior da Casa-Museu Dr. Anastácio Gonçalves, onde tem vindo a desenvolver trabalhos na área da pesquisa, programação e divulgação, tendo o seu estudo mais recente, “As proveniências da Colecção e o Mercado de Arte em Portugal entre 1925 e 1965”, sido publicado no catálogo da exposição “Coleccionar para a Res publica - O Legado Dr. Anastácio Gonçalves.
Anteriormente e, a partir de 1990, fez parte da equipa do Mosteiro dos Jerónimos/ Torre de Belém e do IPPAR onde executou projectos de Inventário e salvaguarda do património em Portugal e Moçambique e, entre 2004 e 2009 integrou a equipa do Museu Nacional do Azulejo onde levou a cabo trabalhos nas áreas de comissariado executivo em diversas exposições, investigação e produção de artigos e textos para catálogos.
Tem vindo a desenvolver investigação, estudos e publicações consequentes na área do Património Arquitectónico, nomeadamente sobre o Convento da Madre de Deus, mais precisamente sobre as obras de restauro e posterior refuncionalização, ocorridas durante a segunda metade do século XIX e início do século XX.
Desenvolveu trabalhos de campo com temáticas patrimoniais, azulejares e da Arte em geral, cujos resultados têm sido apresentado em comunicações e em diversas revistas da especialidade.
Em 2007, realizou para a Antena 2 – Rádio Clássica, em parceria com João Chambers uma série de 13 programas intitulados “Divina Proporção – a contribuição das artes para o percurso da civilização”. Devido às características do programa, foi transmitida em 2009 uma nova série subordinada ao tema A Herança de Atena.
Sem comentários:
Enviar um comentário